Rede Integridade Clima

Rede de Parceiros realiza primeiro encontro presencial em Brasília

Data da Publicação: 6 de agosto de 2025

No dia 26 de março, na capital brasileira, foi iniciado o processo de construção do Capítulo Brasil da Iniciativa Global para a Integridade da Informação sobre a Mudança do Clima. A iniciativa nasceu de uma proposta brasileira lançada no G20, em novembro de 2024, e em articulação com a ONU e Unesco, e já inclui países como Chile, Marrocos e França. Dentre as atividades do dia, diversas organizações da sociedade civil, acadêmicos e gestores públicos trabalharam durante toda a tarde, dando início à Rede de Parceiros pela Integridade da Informação sobre Mudanças no Clima. Entre os assuntos discutidos estavam a sustentabilidade do jornalismo e proteção aos comunicadores, educação midiática e ambiental sobre mudanças no clima e pesquisa e acompanhamento do debate público digital.

 

Segundo a professora da Universidade Federal do Espírito Santo e líder do LAPAJ (Laboratório de Pesquisas em Políticas Ambientais e Justiça), “A Rede de Parceiros é uma iniciativa importante de articulação da sociedade civil por organizar o debate sobre informação, clima e democracia. Irá permitir o acompanhamento de diversas dimensões do tema e fomentar esse debate na sociedade como um todo”, declarou. Letícia Capone, diretora do Instituto Democracia em Xeque, se declara otimista com a iniciativa: “Para o DX é uma alegria muito grande ajudar a construir essa Rede. A construção de políticas públicas efetivas para o enfrentamento da desinformação climática exige que diferentes setores da sociedade estejam alinhados, por isso, o diálogo entre a sociedade civil e o Estado brasileiro sempre é celebrado por nós.”

A partir deste encontro a Rede passa a se organizar por meio de seis eixos temáticos aprovados coletivamente. Bia Barbosa, coordenadora de incidência no escritório da Repórteres Sem Fronteiras (RSF) para a América Latina, também conclui sobre a Rede: “A Rede de Parceiros é um espaço de articulação fundamental para organizações da sociedade civil, movimentos sociais e pesquisadores que, no dia a dia, atuam em defesa da integridade da informação e do direito da população brasileira ser bem informada sobre mudanças climáticas. Contar com esse ambiente para recomendar ações e estratégias ao Estado brasileiro, não apenas no âmbito da Iniciativa Global mas também em relação ao que precisa ser construído e desenvolvido dentro do nosso país, é fundamental. Para a Repórteres Sem Fronteiras, trata-se de um esforço relevante para alertar autoridades, tomadores de decisão e a sociedade em geral sobre a importância de promovermos um ecossistema informacional plural e diverso e garantirmos condições seguras para o jornalismo ambiental. Esta é uma tarefa urgente e que o Brasil não pode mais adiar”.